Confira a análise do Dr. Fernando de Souza Pereira, oncologista clínico do Kaplan, sobre estudo da ASCO 2023.
No total, 682 pacientes foram randomizados 1:1 para receber osimertinibe (n = 339) na dose de 80 mg uma vez ao dia ou placebo (n = 343) até a recorrência da doença, conclusão do tratamento em 3 anos ou critérios de descontinuação bem estabelecidos.
Aproximadamente dois terços dos pacientes no estudo eram mulheres. Os pacientes tinham idade entre 30 e 86 anos, com idade média de 64 anos no grupo osimertinibe e 62 anos no grupo placebo. Aproximadamente dois terços dos pacientes não tinham histórico de tabagismo e aproximadamente dois terços dos pacientes eram asiáticos. O endpoint primário foi a sobrevida livre de doença em pacientes com doença em estágio II a IIIA, e os principais endpoints secundários foram a sobrevida livre de doença em estágio IB a IIIA da doença, a sobrevida geral e a segurança.
Nesta análise final de sobrevida global do estudo ADAURA, 88% dos pacientes com IB a IIIA NSCLC que receberam osimertinibe após a remoção do tumor ainda estavam vivos 5 anos após a cirurgia, em comparação com 78% dos pacientes tratados com placebo. No geral, houve um risco de morte 51% menor para aqueles que receberam osimertinibe em comparação com aqueles que receberam placebo (P < 0,0001).
O benefício foi igualmente observado quando a analise fora realizada em subgrupos; inclusive no subgrupo mais inicial (IB), que estatisticamente não tem sequer benefício de receber quimioterapia adjuvante.
O benefício de sobrevida global reforça a confiança de que osimertinibe adjuvante é o padrão de tratamento para pacientes com CPCNP estágio IB a IIIA com mutação EGFR ressecado. Isso reforça ainda mais a necessidade de identificar esses pacientes com biomarcadores disponíveis no momento do diagnóstico e antes do início do tratamento.
Publicado em: 12 de junho de 2023
Compartilhar:

VEJA TAMBÉM