No mês de julho, a Dra. Lídia Longhinoti, membro da equipe médica do Instituto de Oncologia Kaplan, esteve participando de alguns eventos de atualização científica e compartilha conosco informações importantes sobre as novidades na oncologia. Acompanhem:
8° Preceptoria de Imuno Oncologia no Hospital São José, em São Paulo, com Dr. Buzaid.
A imunoterapia é uma estratégia de tratamento que estimula o sistema imune do paciente a atacar o tumor. Ela não é recente, já foi desenvolvida há décadas, mas as novas formas são mais específicas, efetivas e com menos efeitos colaterais. Foram aprovadas várias dessas drogas para o tratamento do câncer, como em melanoma metastático, um tipo de câncer de pele que, quando se dissemina, é resistente à quimioterapia e radioterapia e, com a imunoterapia, 15 a 20% dos pacientes com doença disseminada tem uma resposta impressionante, a doença desaparece do corpo e parece que não volta mais. No câncer de pulmão metastático, de células não pequenas, comparando imunoterapia com quimioterapia convencional, imunoterapia é melhor e menos tóxica. E também está aprovado em câncer de rim de células claras.
Lungs On Expert, em Curitiba, uma revisão sobre as aspectos moleculares do diagnóstico de câncer de pulmão e tratamento de adenocarcinoma de pulmão EGFR mutado.
Por muito tempo, pensou-se que o câncer de pulmão fosse uma doença exclusivamente dos fumantes ativos e passivos. Porém, na última década se identificou um grupo especial de pacientes: mulheres jovens que nunca fumaram nem tiveram contato com indivíduos que fumam e, ainda assim, desenvolveram câncer de pulmão. Em torno de 10% dos cânceres de pulmão ocorrem em pacientes que nunca fumaram, um tipo de tumor chamado adenocarcinoma com alterações moleculares distintas (mutação EGFR), evolução clínica diferente e não é tratado com quimioterapia.